Meus momentos no Hospital...
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| Ataíde em campanhia do cardiologista Yuri |
Dia 25 de Julho de 2011 - uma segunda-feira era para ser apenas mais um dia como tantos outros; deixei minha casa para ir ao hospital para realizar um exame de rotina, então peguei minha bicicleta (relíquia) e me dirigi a unidade hospitalar.
Até ai tudo normal até a terceira rua, quando começei a soar frio, minha pernas começaram a termer, resolvi ir empurrando a bicicleta, logo entrei no hospital cansado mas cheguei... Esperei a minha vez para ser atendido...
O Dr. Cássio olhou para meus batimentos cardíacos, e para minha surpresa, disse: " Podem levá-lo para dentro agora mesmo". Fiquei meio atorduado e percebi que tudo girava, só o que pude ouvir foi o doutor dizer: " Liguem para a casa dele para que alguém possa vir buscar sua bicicleta". Pensei comigo, " Olha só, um médico com tantos afazeres, ter a sensibilidade de se preocupar com minha velha companheira, minha bucicleta (relíquia).
Poderia ser cômico, se não fosse trágico! Eu que nunca fui internado na vida estava a caminho da UTI, os médicos e enfermeiros correram comigo, falavam uma língua que para mim soava como estrangeira, no entanto, a agilidade e o conhecimento permitiram que hoje eu pudesse estar relatando meus momentos no hospital.
Os dias na UTI me mostraram algo que em minha vida nunca pensei e certamante poucos pensam; essas pessoas que me atenderam, hoje são para mim como anjos, cada uma exerce uma função específica, que na soma de tudo transforma a nossa vida, pois sem a ação direta desses profissionais, hoje minha família certamente estaria me velando. E, o mais engraçado, é que essas pessoas são como nós, com os mesmos sonhos, desejos, dificuldades, mas quando entram em seu local de trabalho se transformam em profissionais da vida.
Com o passar dos dias conheci várias pessoas, como a Maria (faxineira), sempre preocupada em saber como eu estava; a moça que nos servia o almoço nos saudando com um belo sorriso e, as enfermeiras que em todo tempo estavam ali verificando meus batimentos cardíacos, minha temperatura até um psicólogo veio falar comigo, demonstrando o quanto minha recuperação era aguardada por todos e, tantos outros profissionais se envolveram, até o senhor provedor do hospital, que diariamente passava pelos quartos dos pacientes, obserndo-nos.
Foram tantas esperiencias que me surpreenderam: o médico Yuri ( cardiologista), um jovem doutor com uma grandeza de alma, capaz de mobilizar este velho coração; a moça Raimunda da portaria a atendente; o segurança, todos os enfermeiros, as faxineiras, os médicos olhavam-me e me viam não apenas como mais um número dentro do quadro de internados daquele hospital, mas como o senhor Ataíde Bulhões dos Santos.
Normalmente ouvimos tantas reclamações sobre o atendimento do hospital, mas a grande verdade é outra, estando lá, somos pessoas especiais e nossas necessidades são repeitadas, porque o maior intuiito daquelas pessoas é nos ver bem.
Esta foi a forma que encontrei de expressar minha admriração e repeito para aqueles que salvaram a minha vida e o cuidado com que me trataram; este é o meu mais sincero muito obrigado.
Ataíde Bulhões dos Santos
(01/08/2011)
